Maria Palmeiro, 2020.
“Pipa”, papel de embrulho, barbante, lantejoulas, 20 x 20 x 100 cm.
Abaixo, trecho de “Atelier performativo: fazer, esconder e deslocar” (2018), texto da artista carioca MARIA PALMEIRO:
“O valor do trabalho, como qualquer valor definido pela sociedade, não é absoluto. Valor estético, por exemplo: a forma como uma pintura é avaliada pode diferir em termos de qualidade e critérios. A começar pelo meu vizinho de estúdio – um russo que treinou por oito anos na Escola de Artes de São Petersburgo e que era hábil em pintura figurativa. De vez em quando Stanislav me perguntava (primeiro desanimado, depois por pura hostilidade): – O que você está fazendo? Para ele, o valor da pintura estava na técnica e no domínio, nada do que minhas pinturas exigiam ou refletiam, aos poucos fui tomando consciência do que estava fazendo no ateliê, estava atento ao meu corpo no ateliê e às atividades ali realizadas, aos improvisos. ..” (Pág. .19).
“Pipa”, formalizada por MARIA PALMEIRO, apresenta uma pintura que voará pelos ares…